jun 10, 2014 Bem Estar, Estética, Saúde
Entre os anos 20 e 50, a indústria do tabaco utilizava a publicidade para estimular o uso do cigarro e despertar a curiosidade na população. O contraste nas opiniões quanto ao seu uso, atualmente e naquela época, estão relacionados à saúde e, consequentemente, à aparência. Naqueles dias, fumar era sinônimo de elegância e status. Hoje, sabe-se que em entre outros males, o cigarro contribui para o envelhecimento. As próprias embalagens da droga portam campanhas de combate ao fumo.
O senso comum sobre o uso do cigarro sempre esteve atrelado à sensação de alívio e tranquilidade. Pessoas muito ansiosas acabavam optando pela droga como uma forma de controlar esses sintomas. No entanto, essa redução no estresse não passa de uma impressão momentânea causada pela nicotina, substância que age no organismo do usuário.
Além dos órgãos internos, a pele sofre drasticamente com o uso do cigarro. Entre os sintomas mais recorrentes está o envelhecimento precoce e os danos às fibras colágenas e elásticas do corpo. De acordo com a médica Danuza Dias Alves, o cigarro contribui para o envelhecimentode várias formas. A droga produz uma enzima que destrói as fibras formadoras de colágeno, proteína responsável pelo fortalecimento e cicatrização da pele. O uso da nicotina provoca, ainda, a contração dos vasos sanguíneos que fazem a irrigação do tecido cutâneo. Sem essa irrigação, há uma redução do fluxo de oxigênio nas células e, assim, uma aceleração no surgimento de rugas no rosto e nas demais partes do corpo.
Complementando a ação interna da nicotina, os movimentos realizados pelo usuário enquanto fuma também podem ser considerados prejudiciais à manutenção da pele. O cigarro contribui para o envelhecimento também quando exige a contração dos lábios e o abrir e fechar dos olhos constantemente, para evitar a irritação da fumaça. Estes gestos induzem o surgimento de rugas em torno da boca, bem como as marcas de “pé de galinha” nas extremidades dos olhos.
Cigarro contribui para o envelhecimento de forma mais drástica na pele feminina
Conforme dados do IBGE, o número de mulheres fumantes já soma cerca de 10 milhões, só no Brasil. Essa informação contrasta com as peças publicitárias que utilizavam, principalmente, a imagem feminina para estimular o uso do cigarro. Essas campanhas foram divulgadas na década de 50, mas até hoje, surtem efeitos negativos na vida das mulheres.
O sexo feminino não lidera apenas a quantidade de fumantes, mas também, se posiciona como o grupo mais prejudicado pelos efeitos do fumo. A médica Danuza, comenta que comparado aos homens, o cigarro contribui para o envelhecimento feminino aceleradamente. Uma vez que as mulheres apresentam naturalmente uma menor quantidade de colágeno e, com isso, a perda dessa proteína tende a ser mais drástica. Outro fator prejudicial às mulheres é a baixa no hormônio estrogênio. Essa redução ocorre no corpo da mulher por volta dos 45 ou 50 anos, período da menopausa. Nessa época, há uma diminuição nos fibroblastos da mulher, que são as células responsáveis pela produção do colágeno e que previnem o envelhecimento precoce.
Tratamentos médicos são opção para ação do cigarro
Largar o tabaco não é tarefa fácil. Usuários que planejam dedicar esforços para que isso aconteça tem à sua disposição algumas medidas que podem ser efetivas. “Uma alimentação saudável, hidratação da pele e sono adequado são medidas que podem e devem ser adotadas imediatamente”, como explica a médica Danuza.
Tratamentos médicos e cirurgias voltadas à beleza são uma opção para disfarçar os danos do tabaco e melhorar o aspecto da pele. Procedimentos que empregam substâncias químicas ou laser colaboram na remoção da camada danificada da derme, além e remover manchas e rugas. Intervenções médicas como essas estimulam a produção do colágeno, contribuindo para uma melhora na aparência da pele.
Fonte: https://www.esteticas.com.br/