jan 02, 2015 Brasil, Cidades, Notícias
Um estudo realizado aponta que 161 das 926 linhas de ônibus de São Paulo operam com mais de seis pessoas por metro quadrado. Esse é o parâmetro que serve referência para indicar a superlotação dos ônibus e uma situação de desconforto para o passageiro.
Em alguns lugares do mundo, índices maiores de quatro passageiros por metro quadrado já são considerados excessivos. Desde 2014, o Prefeito Fernando Haddad determinou que o ônibus de São Paulo deveria suportar seis pessoas por metro quadrado, antes eram cinco.
Levantamentos da SPTrans chegam a registrar 8 pessoas por metro quadrado nos horários de pique. Isso acontece principalmente de manhã, quando é comum ver os passageiros lutando para conseguir um lugar dentro dos carros. Nestes horários, os técnicos da prefeitura liberam o aumento da tropa, mas ainda assim fica evidente o descontentamento da população com a falta de conforto.
A pior situação está no sistema local. Números da SPTrans indicam que 76% das linhas de ônibus de São Paulo que operam superlotadas são dos chamados “perueiros” – as antigas lotações, operadas por cooperativas de proprietários individuais.
Haddad estuda a extinção das cooperativas como um meio de transporte público ao término das licitações, previsto para esse ano. A Ocesp (organização das cooperativas de São Paulo) reprova esta hipótese, e representantes afirmam que a medida, além de ir contra a legislação, vai aumentar os gastos das empresas, o que resultaria no aumento da passagem.