A operação “SwissLeaks” revelou que o braço suíço do banco HSBC ajudou seus clientes a sonegarem impostos. A informação é de que quase 180 bilhões de dólares tenham circulado por mais de 100 mil contas do banco, em Genebra, na Suíça.
Segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), a lista vazada pelo especialista em tecnologia bancária Hervé Falciani, que não é divulgada por questões de sigilo bancário, inclui uma movimentação de R$ 20 bilhões por clientes brasileiros. Dos cerca de 130 mil nomes da lista, cerca de 8 mil são de brasileiros. Até agora o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, órgão ligado ao Ministério da Fazenda analisou 342 nomes do brasileiros do SwissLeaks e informou que o indício fornecido pela lista não é prova suficiente para incriminar ninguém.
O material do SwissLeaks corresponde ao período entre 1988 e 2007 e é mantido em sigilo pelo ICIJ, uma vez que ter conta no HSBC suíço não é sinônimo de fraude. Na quarta-feira (18) o procurador-geral de Genebra Olivier Jornot liderou uma busca em escritórios do banco na Suíça atrás de provas para finalmente abrir inquérito sobre as acusações de lavagem de dinheiro.
No domingo o HSBC foi aos jornais britânicos pedir desculpas pelas práticas realizadas em seu private bank. Ao mesmo tempo que admitiu falhas no controle do banco, o presidente-executivo Stuart Gulliver tambpém disse que muitos dos clientes mencionados no SwissLeaks desligaram-se do banco há muito tempo e outros nunca foram clientes.
Os nomes mantidos em sigilo são em sua imensa maioria desconhecidos do grande público, contudo, entre os populares aparecem empresários, banqueiros, artistas, esportistas e intelectuais. Personalidades famosas internacionalmente também estão sujeitas a investigação no caso SwissLeaks, como por exemplo; jogadores famosos de futebol e tênis, estrelas do rock, atores de Hollywood, realeza, políticos e executivos.