São Paulo e região metropolitana tem 29,6% de sua população com algum problema mental. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) segundo pesquisa feita em 24 países.
Segundo a São Paulo Megacity Mental Health Survey, dos 5037 entrevistados acompanhados durante 12 meses, quase 30% apresentou algum indício de doença mental. Os problemas diagnosticados mais comuns foram ansiedade com 19,9%, seguido de mudanças comportamentais, impulsividade e abuso de substâncias químicas. De acordo com os pesquisadores, o índice é um reflexo da alta urbanização juntamente com privações sociais.
Os dois grupos mais afetados são os homens migrantes e as mulheres em regiões de instabilidade social. A região metropolitana de São Paulo deixou para trás inclusive os Estados Unidos, que apesar de não ter revelado a cidade pesquisada, contabilizou quase 25 casos de doenças mentais por cada grupo de 100 habitantes pesquisados.
Além de liderar o ranking da OMS para maior incidência de doenças mentais, São Paulo também ficou na frente quanto a gravidade desses problemas. Capital e região metropolitana somaram 10% de casos graves, enquanto a cidade norte-americana ficou com 5,7%, seguida da Nova Zelândia, com 4,7%. A Pesquisa foi financiada pela Fapesp.