dez 08, 2014 Notícias
São Paulo coloca em teste faixa de pedestres na diagonal. Ideia japonesa adotada também em cidades como Chicago e Londres, a faixa em “X” busca tornar o trânsito mais ágil.
O local escolhido para o teste da faixa diagonal foi o cruzamento das ruas Riachuelo e Cristóvão Colombo, antes da Avenida Brigadeiro Luís Antônio. As faixas horizontais continuarão no local e o cruzamento em “X” será destacado em azul. Conforme a CET, no horário de pico da tarde, passam por este cruzamento 1.468 pessoas por hora. O fluxo intenso é um dos motivos para a escolha do local como ponto de teste da faixa de pedestres na diagonal.
A faixa diagonal diminuirá o tempo de travessia de 89 segundos, para um minuto. Placas explicativas e novos sinais para pedestres também integrarão a experiência. Equipes da CET também farão acompanhamento no local para garantir uma melhor adaptabilidade e mais segurança. Conforme a resposta de motoristas e pedestres, que pode exigir ainda algumas adaptações práticas, a faixa de pedestres na diagonal será progressivamente implantada na cidade.
Entre dois pontos, a menor distância é sempre uma linha reta. Na cidade mais acelerada do país e uma das mais movimentadas do mundo, fazer o cruzamento pela hipotenusa em uma faixa de pedestres na diagonal, pode poupar minutos preciosos do dia do paulistano. Ao paralisar o tráfego em todas as direções, permitindo um cruzamento em etapa única, a faixa de pedestre na diagonal conduzirá cerca de duas vezes mais pessoas simultaneamente entre as ruas.
Em travessias com faixas de pedestre na diagonal, onde o cruzamento torna-se mais intenso, a largura da via deve ser expressiva para que não ocorra um engarrafamento de pessoas pode tornar-se um problema ao invés de uma solução. De acordo com a experiência em outras cidades, as calçadas de cruzamentos duplos, também precisam ser maiores para comportar as dezenas de pessoas que esperam o sinal abrir. Existem ainda opiniões divergentes sobre a paralisação total do fluxo de veículos em uma cidade que tem quase 8 milhões de veículos. Como toda a novidade é preciso passar por um período de adaptação, para constatar se a ampla aplicação da faixa de pedestres na diagonal em São Paulo será viável.
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