dez 16, 2014 Notícias
A Prefeitura de São Paulo estuda definir tarifas diferentes nos ônibus da capital ainda este ano. Estudantes de baixa renda seriam isentos e usuários de bilhete único continuariam a pagar R$ 3, um reajuste para quem paga em dinheiro elevaria a tarifa em R$ 0,70.
Conforme auditoria das contas da São Paulo Transporte (SPTrans) feita pela Ernst&Young, o sistema de bilhete único arrecadou pouco mais de R$ 4 bilhões em 2014, sendo que parte fica com o Metrô e a CPTM. Conforme informações do jornal O Estado de São Paulo, de cada três viagens de ônibus, uma não tem custo. Isso acontece devido à integração gratuita, que isenta o usuário em até duas passagens. Das 90 milhões de viagens diárias nos ônibus, 6% são de estudantes e 10% são isentos, na maioria idosos. Apenas 8% da arrecadação é em dinheiro e fica integralmente com a SPTrans. Por isso o projeto é de um reajuste para quem paga em dinheiro, uma vez que a tarifa dos demais pagantes depende de empresas do Estado.
No total, a prefeitura precisa de R$ 6 bilhões para manter a frota e não pretende aumentar o subsídio que permite a manutenção do preço das tarifas desde janeiro de 2011, data do último reajuste. Para manter a passagem em R$ 3, somente este ano a administração de Haddad arcou com R$ 1,7 bilhão. Uma correção com base na inflação acumulada desde 2011, ocasionaria um reajuste para quem paga em dinheiro no valor de R$ 3,70. De qualquer forma, para ajudar equilibrar as contas, a prefeitura estuda apresentar proposta ao governo estadual que prevê redução da remuneração das empresas para cerca de 7%.
Além do reajuste para quem paga em dinheiro, a licitação das empresas de transporte público deve ser aberta nos próximos dias. Uma das ideias é atrair companhias internacionais para o setor, hoje controlado por quatro famílias.