mar 18, 2015 Notícias
Parque Augusta está em fase de negociação entre incorporadoras e prefeitura. Administração municipal pretende adquirir o Parque da iniciativa privada com uma indenização de mais de R$ 60 milhões a ser paga por bancos estrangeiros por terem participação no desvio de recursos públicos durante a gestão de Paulo Maluf (1993-1996).
Área das construtoras Cyrella e Setin, o terreno do Parque Augusta que abrigaria três prédios é motivo de protestos que defendem 25 mil metros quadrados de uma das últimas reservas de Mata Atlântica da região. As manifestações realizadas no local há três anos não são apenas de cunho político, envolvem também ocupar o Parque na tentativa de mostrar que ele pode ser muito útil para a população. Dessa forma, com atividades lúdicas e culturais, o Organismo Parque Augusta (Opa) tenta pressionar o poder público pela criação de uma área verde pública no local.
Tendo ocupado o Parque durante 2013, os manifestantes foram retirados do local em 2014 após as construtoras fecharem a área. Contudo, as manifestações continuaram do lado de fora. O Opa voltou a ocupar o Parque na segunda metade de Janeiro e retirou-se novamente no dia quatro de março, mediante ordem judicial de reintegração de posse após o Conselho de Preservação Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) aprovar o projeto para construção dos prédios.
Exatas duas semanas depois as construtoras aceitaram iniciar a negociação do terreno do Parque Augusta com a Prefeitura. Mesmo divergindo da vontade do Organismo, que repudiava o pagamento às empresas em função do valor ser ditado por especulação imobiliária, a Prefeitura irá utilizar dinheiro recuperado da corrupção de Paulo Maluf para dar mais um parque à cidade. O montante deve chegar aos cofres públicos até o meio do ano, e se não houver percalços nos trâmites legais, em dezembro São Paulo estará chamando o Parque Augusta de seu.
Atualização: mesmo sem definição, a disputa pelo Parque Augusta, que nos anos 70 abrigou o tradicional colégio francês Des Oiseaux, avançou. O Tribunal de Justiça de São Paulo ordenou no dia 07/04 que o portão da Rua Marquês de Paranaguá fosse aberto ao público. A determinação passa a valer 30 dias após a publicação oficial, que infelizmente ainda não tem data para ocorrer.