O musical Ópera Urbe – Peste Contemporânea, texto do músico Carlos Zimbher, está em temporada no Largo da Batata. Conta uma história de quatro amigos cujas relações de amor e afeto são abaladas por questões como consumismo, capitalismo, intolerância, fanatismo religioso e sexualidade.
É construído um teatro de arena temporário no Largo, feito de pallets de madeira. As sessões do musical vão ocorrer nos dias 9, 14, 15, 16, 22, 23, 24, 25, 29, 30 e 31 de agosto, às 18h, com entrada livre.
Com personagens inspirados nos musicais brasileiros que fizeram sucesso na década de 70, a história é centrada em cinco personagens: Boi, Eulária, Cisco, Mano e uma transexual que sofre um crime de ódio. O elenco é composto por Eduardo Mossri, Karen Menatti, Flávio Barollo, André Cezar e Leona Jhovs.
Ópera Urbe – Peste Contemporânea é o primeiro texto de Zimbher a chegar aos palcos. Conta com a direção de Rogério Tarifa e traz a proposta de ter música e teatro atuando juntos, sem um se sobrepor ao outro.
O músico, e agora escritor, já havia escrito outros textos para o teatro, mas esse é o primeiro a chegar aos palcos. A peça contém diálogos e canções rimadas e cantadas, incorporando elementos de ópera.
Participam os músicos Breno Barros (bateria e baixos), Felipe Chacon (bateria, clarinete, teclado, souzafone e voz), Franco Orlando (saxofone, trombone, clarinete e voz), Glauber Bento (trompete, trombone e clarinete), Luca Frazão (violão, guitarra, flauta, trombone e voz) e Zimbher (violão, viola, bombardino e voz).
O pequeno teatro usado nos espetáculos foram construídos em parceria com a ONG A Batata Precisa de Você, que pretende valorizar a região e transformar o Largo em um espaço de convívio, não só passagem. Segundo Tarifa, é parte de um movimento que está acontecendo em São Paulo para ocupar as ruas e – mesmo com as dificuldades em montar um musical a céu aberto – fazer uma reflexão sobre o papel da função pública da arte e sobre o que é ser um cidadão.
