Museu da Polícia Civil de São Paulo, também conhecido como museu do crime, traz dezenas de registros que servem à formação de policiais. O espaço é aberto ao público desde 1952.
O Museu do Crime de São Paulo guarda fotos, artefatos e objetos dos casos de maior repercussão no Estado em todos os tempos. A mala utilizada por José Pistone para enviar o corpo decepado da mulher à França faz parte do acervo do Museu situado na Entrada da Cidade universitária da USP. O crime ocorreu em 1928 e a vítima estava grávida de seis meses. O museu exibe ainda um sapato apreendido na mesma década, que foi adaptado para transportar droga. Objetos que escondem muito mais do que aparentam.
A mala e o sapato que hoje pertencem ao museu são alguns dos objetos mais antigos da coleção que começo no início do século quando peças do cotidiano eram expostas em armários nas salas de aula da Escola de Polícia e serviam como ilustração às aulas ministradas. O estabelecimento serve de apoio didático e técnico aos policiais civis que realizam cursos e treinamentos na Academia da Polícia Civil (Acadepol), instalada no mesmo local. Todos os profissionais da corporação passam por aula prática no Museu da Polícia Civil de São Paulo, que até 2005 era chamado de Museu do Crime.
Entre imagens de homicídios e suicídios está, por exemplo, a sala de simulação de crimes, de uso exclusivo para o treinamento de futuros policiais. Ao todo são 600 m² onde estão expostos documentos, fotos, armas, drogas, máquinas de azar, móveis e instrumentos utilizados pela polícia no passado. Existem registros, por exemplo, de acidentes de trânsito entre os anos de 1925 e 1975, quando a quantidade de carros era expressivamente menor.
Além dos alunos da Acadepol, as cerca de mil visitas por mês incluem na maioria estudantes e médicos. A sessão preferida dos grupos escolares é a exposição de drogas. De forma didática, um quadro indica as características da cocaína, da maconha e do crack e suas consequências ao organismo, com ênfase no risco que representam. Por outro lado, médicos e dentistas preferem materiais sobre Medicina Legal.
Entre outros crimes de grande repercussão retratados no Museu estão o Maníaco do Parque, um motoboy que provocou a indignação da sociedade nos anos 90 e foi condenado por roubo, estupro e atentado violento ao pudor. Um espaço reservado para maiores de 16 anos guarda memórias ainda mais assustadoras das vítimas de Chico Picadinho, um serial killer que matava e descarnava prostitutas.
Museu da Polícia Civil de São Paulo – Museu do Crime
De terça a sexta-feira, das 13h às 17h
Entrada franca
Não abre em feriados
É necessário agendamento para grupos acima de 10 pessoas
Idade mínima: 15 anos
Telefone: (11) 3468-3360
Praça Reynaldo Porchat, 219
Cidade Universitária, São Paulo/SP