Entre os dias 10 de setembro e 12 de dezembro, o Pavilhão Ciccilo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, irá receber a 32ª Bienal de São Paulo. O tema desse ano será “Incerteza viva”.
Já foram confirmados uma lista preliminar com 54 artistas que irão participar da Bienal de São Paulo. É uma lista propositalmente jovem, já que o objetivo da Bienal, que (segundo comunicado oficial), “pretende explorar formas de viver com o desconhecido em diversos tópicos como ecologias, cosmologias de início e fins, extinção, saberes coletivos, mitos evolutivos, práticas vivas”.
Novos nomes devem ser apresentados em breve, pois a curadoria da Bienal de São Paulo pretende fechar com cerca de 90 nomes no total.
História da Bienal de São Paulo
A primeira Bienal de São Paulo foi organizada pelo mecenas Francisco Matarazzo Sobrinho (conhecido como Ciccilo) e sua esposa Yolanda Penteado, e realizada em 20 de outubro de 1951, na esplanada do Trianon – hoje, ocupada pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Essa primeira edição trouxe para o Brasil obras de artistas como Pablo Picasso, Alberto Giacometti e René Magritte.
Na segunda edição (1953) o evento já foi transferido para o Ibirapuera, recém-inaugurado devido ao quarto centenário da cidade. Essa edição ficou célebre porque trouxe pela primeira vez ao Brasil o quadro Guernica, de Picasso, que trata dos horrores da Guerra Civil Espanhola.
A Bienal de São Paulo vai melhorando a cada edição, pelo menos até o início da Ditadura Militar (1964 – 1985). Durante a 10ª edição do evento (1969), diversos artistas e intelectuais assinam o Manifesto Não à Bienal, para protestar contra a ditadura.
A partir dos anos 1980 que a Bienal de São Paulo se recupera, retomando a grandiosidade dos anos anteriores ao período ditatorial. A curadoria começa a apresentar temas para a Bienal, prática que continua até hoje.