Suar é a tentativa do corpo de manter a temperatura interna estável apesar do calor. Com isso nosso organismo exerce uma função chamada de termorregulação. Contudo, estima-se que em torno de 3% da população sofra com um distúrbio chamado hiperidrose ou síndrome do suor excessivo.
A hiperidrose nada mais é do que um desequilíbrio do sistema nervoso simpático, que emite estímulos excessivos para que as glândulas sudoríparas produzam suor. Isto acontece por causas desconhecidas e não tem nenhuma implicação na saúde do indivíduo. O suor excessivo traz apenas prejuízos sociais.
Objeto de preconceito por quem desconhece as razões do problema, a hiperidrose muitas vezes é confundida com falta de higiene e causa de mau cheiro. No entanto, nenhuma dessas características está relacionada a hiperidrose. Nem mesmo o calor interfere na produção de suor excessivo.
Por não prejudicar o funcionamento do corpo, a hiperidrose não é considerada uma doença. A síndrome do suor excessivo é apenas um desequilíbrio do sistema nervoso simpático que independe de fatores externos.
Infelizmente este distúrbio não tem cura, mas pode ter seus sintomas tratados de várias maneiras. Tratamento do suor excessivo pode ir desde o uso de soluções com cloridrato de alumínio até remoção de parte do nervo simpático.
Atenta ao problema, a indústria farmacêutica já desenvolveu cremes e antitraspirantes para quem sofre com hiperidrose. Em suas fórmulas a concentração de alumínio pode chegar até a 20%. Propriedades orgânicas do cloridrato de alumínio promovem uma obstrução eficaz do ducto glandular, impedindo a eliminação do suor excessivo.
Existem ainda tratamentos orais que utilizam anticolinérgicos no combate à hiperidrose. Estes remédios impedem a produção de acetilcolina, interrompendo a comunicação do sistema simpático com as glândulas sudoríparas. Sem o neurotransmissor, a ordem para a produção de suor não é recebida, o que evita a hiperidrose.
Entre os tratamentos mais eficazes está a utilização de micro-ondas no tratamento do suor excessivo. Depois de cinco anos de estudos, os norte-americanos chegaram a um aparelho que emite ondas capazes de penetrar na pele e inutilizar as glândulas sudoríparas. O tratamento com micro-ondas, feito através de um equipamento chamado miraDry, tem duração de até três anos e não causa danos a superfície da pele.
A aplicação de toxina botulínica também é utilizada contra a hiperidrose. O popular Botox, é capaz de impedir a contratura muscular do sistema simpático, o que paralisa o envio de sinais nervosos às glândulas sudoríparas produtoras do suor excessivo.
O tratamento do suor excessivo mais invasivo é a remoção cirúrgica de parte do sistema nervoso simpático. Conforme o local com maior incidência de suor é realizada a extração de uma parte diferente do nervo. Sem o estimulador não há produção de suor excessivo.