A hiperidrose ocorre devido à hiperatividade das glândulas sudoríparas, ou seja, a necessidade de controle da temperatura corporal é ultrapassada e há uma transpiração excessiva, que faz com que a sudorese chegue a níveis elevados. Ela pode se manifestar em diversas regiões do corpo, mas atinge com maior frequência a área das axilas, a palma da mão e a palma dos pés. Essas manifestações são chamadas de hiperidrose axilar e hiperidrose palmoplantar, respectivamente. Entre 0,6% e 1% da população sofrem com esse problema.
Essa transpiração excessiva também pode ser classificada em dois tipos: a primária e a secundária. A hiperidrose primária é comum na infância e adolescência, e se relaciona mais às regiões onde se concentra um maior número de glândulas sudoríparas écrinas. É também chamada de hiperidrose emocional ou cortical por ter ligação com fatores emocionais. Já a hiperidrose secundária pode aparecer em qualquer momento da vida e se relaciona ao surgimento de outras doenças como a obesidade, a menopausa, distúrbios endocrinológicos, consumo de drogas ou antidepressivos, entre outros.
Embora não seja considerada uma doença, a hiperidrose pode comprometer consideravelmente a qualidade de vida e ter consequências nas atividades sociais, profissionais ou escolares. Como em muitos casos, o estresse e a instabilidade emocional também podem ser causas da hiperidrose, podendo ser necessário o acompanhamento de um psicoterapeuta.
Como as pessoas que sofrem desse problema sentem-se constrangidas e sofrem com isso, buscaram-se novas soluções eficazes com o objetivo de amenizar esse constrangimento. Já existiam alguns procedimentos cirúrgicos como a Simpatectomia Transtoráxica, a liposucção e a excisão das glândulas sudoríparas axilares. Tendo em vista que muitas pessoas têm receio a métodos considerados invasivos como a operação cirúrgica, a estética deu atenção à eficácia da toxina butolínica, popularmente conhecida como botox, para ajudar no tratamento de excesso de transpiração. Descobriu-se que ao paralisar os impulsos elétricos que mandam mensagem para as glândulas sudoríparas, impede-se também a sudorese em excesso.
Essa toxina é conhecida por atuar diretamente no local em que ela é aplicada fazendo com que bloqueie o estímulo do suor junto às glândulas e reduza a produção de sudorese por um período temporário, que geralmente varia entre quatro e dez meses. Quando aplicada diretamente na axila, apresenta ótimos resultados. No entanto, quando aplicada nas mãos e nos pés é necessário que se realize um bloqueio anestésico com maiores aplicações no local para obter o mesmo resultado satisfatório conseguido pela aplicação na axila. Existe também um teste onde é realizada uma marcação exata dos pontos de sudorese por meio de um teste iodo-amido, chamado de teste Minor. Nele, é utilizada uma tintura de iodo onde é aplicado o amido, permitindo visualizar com clareza a área afetada pela coloração azul que forma.
Para bloquear a transmissão nervosa das glândulas sudoríparas é indicado que se faça de 35 a 40 aplicações em cada parte do corpo tratada para surtir o efeito desejado pelos pacientes. O procedimento é simples, já que é realizado no próprio consultório médico e numa média de 15 minutos. O efeito da aplicação pode começar a ser sentido após 72 horas do procedimento e, caso tenha um resultado satisfatório, o paciente poderá fazer a aplicação novamente em 6 meses.
Fonte: Portal Estéticas
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