mar 25, 2015 Notícias
Governo não negocia com professores da rede estadual, em greve desde segunda (16). O movimento tem divergências sobre adesão. Enquanto a Secretaria Estadual da Educação diz que as ausências diárias dos professores estão próximas dos 2,5%, a Apeoesp (sindicato dos professores), diz que a paralisação chega a 60%.
Conforme reportagem da Folha de São Paulo que visitou 10 escolas na manha de ontem (23), duas escolas do centro liberaram alunos uma hora e meia antes. Enquanto governo não negocia com professores da rede estadual, os problemas parecem crescer. Outra escola visitada pela Folha contou com dois terços a menos de professores, o que obrigou os alunos a permanecerem dentro das salas mesmo sem aulas.
A orientação da secretaria é de que os pais e responsáveis levem seus filhos às escolas. Segundo a pasta, as faltas pontuais estão sendo repostas com professores substitutos cadastrados em um banco reserva de 35 mil profissionais, como de praxe. O secretário da educação, Herman Voorwald, disse que governo não negocia com professores da rede estadual enquanto não souber a real situação econômica do Estado, o que só irá ocorrer no mês que vem. Os professores exigem reajuste de 75%.
Além do aumento, a Apeoesp quer a aplicação da jornada do piso, nova forma de contratação de professores temporários, aceleração dos processos de aposentadoria, reabertura de classes fechadas e água em todas as escolas para todos. A presidente do Sindicato, Maria Izabel Noronha disse a Folha que o governo não negocia com professores da rede estadual em uma tentativa de minimizar a greve. O secretário afirma ter apresentado ao sindicato uma proposta de plano de reajustes para os próximos quatro anos, com base no desempenho econômico e na arrecadação do Estado. Segundo ele, a instituição havia concordado com a proposta e por isso a greve é uma surpresa para ele. A presidente do Sindicato nega a afirmação do secretário.