dez 12, 2014 Notícias
O Dieese registrou aumento das profissionais femininas na engenharia em uma década. Entre 2003 e 2013, a participação das mulheres na área cresceu 4%.
De acordo com levantamento solicitado pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), ao Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos, a cada 100 engenheiros, 19 são mulheres. Esta proporção era de 15% em 2003. Outra boa notícia vem da diferença salarial das profissionais femininas da engenharia, que em 2013 passou a ser apenas de 19%, uma diminuição de 6% em relação ao início do período pesquisado. De forma geral, o salário médio de um engenheiro no Estado teve aumento de R$ 7.722,60 para R$ 9.023,80.
No levantamento, o Dieese informa que o número de empregados legais (CLT) passou de 51,31 mil para 92,48 mil, o que significa que 92,4% dos engenheiros são profissionais formalizados. Mas não foram apenas contratos informais que foram oficializados, os dados também mostram uma melhora na quantidade de contratações, incluindo profissionais femininas na engenharia. Empresas com mil empregados ou mais registraram aumento de 14.959 para 29.905 profissionais.
Apesar da retração da indústria de transformação, ela continua sendo a principal área de atuação dos engenheiros de São Paulo, contando com 40% dos empregados. Contudo, o maior crescimento foi observado na engenharia da computação, que entre 2003 e 2013 triplicou a quantidade de profissionais. Os dois maiores setores empregadores da engenharia depois da indústria de transformação são a indústria de serviços com 30% e a construção civil com 13%.
De acordo com o Censo de 2010, apesar do crescimento maior da participação feminina no mercado de trabalho, a desigualdade entre homens e mulheres aumentou. Em 2000 a diferença no número de empregos formais era de 4,2%, já em 2010, essa diferença passou para 7,3%. O aumento deve-se ao crescimento da participação masculina no mercado, que subiu 10%, enquanto a feminina apenas 7,1%.