mar 11, 2015 Cidades, Notícias
Demissões da Sabesp em Diadema foram o estopim para a greve sindical que deve começar no próximo dia 19. Decidida em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema), a paralisação reivindica a readmissão dos 400 funcionários demitidos este ano pela Sabesp.
Os 46 trabalhadores que foram alvos das demissões da Sabesp estavam em processo de transferência da Saned, companhia de Saneamento de Diadema desativada no início de 2014 e que teria seus funcionários incorporados pela estatal. A atitude caracteriza desrespeito a lei que estipula prazo de 180 dias para remanejamento de pessoal. Entre os profissionais haviam inclusive aposentados que tiveram seu desligamento permitido através de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado entre a Sabesp e o Ministério Público de São Paulo. Outros 160 cortes estão planejados. Com isso, além das provocaram a convocação de uma assembleia na noite de terça-feira (10).
O presidente do Sintaema, Rene Vicente dos Santos, anunciou antes mesmo do anúncio da greve que a TAC foi questionada na Justiça e alegou que a Sabesp deu garantia verbal da transferência de todos os 289 funcionários da Saned, inclusive ao prefeito Lauro Michels (PV). Enquanto espera até o final do mês pelo aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para o remanejamento, o sindicato deve entrar em greve contra as demissões da Sabesp por tempo indeterminado a partir do dia 19 de março. Somente em abril deverá ser possível a análise jurídica para a reintegração dos trabalhadores ou sua inclusão no plano de saúde por seis meses.
Além de exigir a readmissão de cerca de 400 funcionários, o Sintaema também estuda a possibilidade de uma ação judicial coletiva contra a empresa. O sindicato alerta para o perigo das demissões da Sabesp em tempos de crise hídrica, lembrando que a maioria dos cortes está sendo feito na área operacional.