mar 04, 2015 Notícias
O ponto de concentração de usuários de crack no bairro da Luz, conhecido como cracolândia agora encontra pares em diversos pontos da cidade de São Paulo. Uma das aglomerações mais volumosas é a que fica atrás do Ceagesp, na Vila Leopoldina (zona oeste).
A partir do mapeamento dos cerca de 30 pontos de uso de drogas feito pela Prefeitura no final de 2013, é possível notar hoje um crescimento de estruturas improvisadas nesses locais. De barracos a caixotes de madeira, os abrigos dos viciados forma pequenas favelas no meio da cidade. Próximo ao Ceagesp, entre a Rua Prof. Ariovaldo Silva e as avenidas Manuel Bandeira e José César de Oliveira concentram-se um número substancial de consumidores de crack. Na Rua, cerca de cem metros do passeio público estão ocupados por estruturas improvisadas. Junto com a Avenida Mofarrej, somam-se mais de cem usuários consumindo crack e vivendo sob guaridas na região do entreposto de alimentos.
Aglomerados similares ocorrem perto dali, tanto na Avenida Manuel Bandeira quanto na Lapa. A Avenida já é conhecido como “fluxo” por representar o ponto de utilização mais intenso da droga, onde todos são abordados como potenciais clientes pelos traficantes. Um pouco mais além, na região da subprefeitura da Lapa, um corpo chegou ser encontrado na caçamba de um entulho em julho de 2014. Enquanto isso, a zona sul também é vítima de ocupações, especialmente no Viaduto Jabaquara e nos arredores da Avenida Roberto Marinho e da Rua Doutor Estácio Coimbra. Concentrações permanentes de usuários de crack ocorrem em diversos pontos, muitos deles mais recentes do que o mapeamento de 2013. Tatuapé (zona leste), Vila Maria (zona norte) e até mesmo na região da Avenida Paulista, no Túnel Noite Ilustrada é possível perceber a presença das cracolândias.
Além de oferecerem perigo aos transeuntes, os comércios de todas essas regiões são afetados pelas cracolândias. A Prefeitura de São Paulo estuda expandir o programa “De Braços Abertos“, que teve bons resultados no Bairro da Luz. Desde seu início, em janeiro de 2014, a iniciativa municipal diminuiu de 1.500 para 300, o número de moradores da Cracolândia da região central. Recebendo R$ 15 por dia por trabalhos de zeladoria como varredura de praças e ruas, os dependentes químicos moram em hotéis da região e fazem três refeições diárias.