dez 11, 2013 Turismo
“Terra da garoa”, “Sampa” ou “Pauliceia.”
Esta rica cidade é conhecida mundialmente como a capital brasileira do turismo de negócios, chegando a concentrar até 70% do movimento nacional neste segmento. Entretanto, sua estrutura gigante não se deve somente ao aspecto econômico, motivo que a fez alcançar o título de maior centro financeiro e mercantil de toda a América Latina.
São Paulo é a maior infraestrutura do Brasil na política e na cultura. São 9 milhões de visitantes todo o ano para participar de feiras, congressos, exposições, gerando uma receita de até 5 bilhões de reais para a cidade. Para se ter uma noção, São Paulo, é responsável por sediar 120 das 160 mais importantes feiras que acontecem no país.
Muitos dos seus pontos turísticos têm enorme influência na história do nosso país, como o Memorial da América Latina, o Jardim Botânico, Parque do Ibirapuera, e o Museu de Arte de São Paulo. O Teatro Municipal de São Paulo sediou, não menos que a Semana de Arte Moderna de 1922, evento que deu um novo rumo para as artes do Brasil, quando se abririam as portas para a modernidade.
Hoje é sede de eventos como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio de Fórmula 1 e a São Paulo Fashion Week. A Terra da Garoa é considerada por muitos como a cidade com a melhor vida noturna do país, com toda a classe de diversão e entretenimento.
Em 1997, recebeu o título de “Capital Mundial da Gastronomia, concorrido entre 43 países, no 10° Congresso Internacional de Gastronomia, Hospitalidade e Turismo.
A história de São Paulo começa na capitania de São Vicente, fruto de uma doação feita em 28 de setembro de 1532, pelo Rei de Portugal D. João III. O beneficiado teria sido Martin Afonso de Sousa, que reuniu ali, a população que viria a formar a Vila de São Vicente, uma das mais antigas do Brasil.
A localização de São Paulo sempre revelou ser uma região muito segura quanto à sua topografia, pois estando situada no alto de uma plana colina, favorecia em muito sua posição frente ao ataque dos índios rebeldes. No ano de 1554, a primeira escola da região foi fundada, levando às pessoas a construírem suas residências no seu entorno, fato importante para a origem do povoado de São Paulo de Piratininga, que, em 1560, ganhou foros de Vila.
De início, o uso da região estava focado na cultura de subsistência, utilizando-se de mão de obra escrava indígena local, na tentativa de implantar e expandir a lavoura de cana de açúcar. Mesmo assim, já nesta época se tinha em mente um negócio ainda mais lucrativo, o comércio de metais preciosos.
É na segunda metade do século que se iniciam as viagens em rumo ao interior, com a missão de aprisionar índios e encontrar essa matéria-prima tão desejada. Foi durante estas buscas em distantes sertões que levaram, por exemplo, ao desbravamento das Minas Gerais.
São Paulo era considerada o principal território e já figurava na categoria de cidade, quando em 1791, foi desmembrada pela Coroa, na intenção de controlar exclusivamente as minas de Minas Gerais — isso significa dizer, também, que São Paulo já foi muito maior do que a extensão que se conhece hoje.
Em razão disso, São Paulo permaneceu por todo o século XVIII, praticamente com uma única função: a de quartel general, ponto de partida para a ampliação do território brasileiro, ao sul e ao nordeste.
Quanto ao idioma, até meados do século XVIII, a língua que predominava era a “língua-geral” de base tupi-guarani, que perdurou até o momento em que ocorreu a união das coroas ibéricas, entre 1580 e 1640. Depois, estima-se que o espanhol tenha sido a comunicação predominante.
Em 1822, com a Independência, os índios já não representavam uma parcela tão significante nas regiões colonizadas, sendo os africanos cerca de 25% da população, e os mulatos em torno de 40%, concentrados em maior quantidade, sobretudo, nas lavouras de cana de açúcar.
Na época da virada dos séculos XVIII para o século XIX, foi quando as plantações de café começaram a tomar o lugar da cana de açúcar, justamente aí, São Paulo vai dar a sua “virada econômica”. Mais tarde, em 1808, fugindo do avanço das tropas napoleônicas, a Família Real deu inicio a uma gama de reformas para se estabelecer na colônia.
Essa mudanças iriam afetar muitas áreas da região, como o ensino, a arquitetura, a civilidade urbana, os empreendimentos artísticos, ou seja, tudo o que devesse ser projetado para adequar o Novo Mundo à presença da Família Real.
Em setembro de 1922, o herdeiro do trono, o príncipe Dom Pedro declarou Independência, dando ainda mais destaque à São Paulo, que assistiu a um considerável aumento do número dos cafezais. O cultivo deste produto encontrou no norte da província, a terra roxa, solo perfeito para a produção do fruto. Este cultivo tinha, no entanto, suas exigências, como a ampliação e multiplicação das estradas de ferro. Assim, em 1860, São Paulo já não se parecia mais com a cidade colonial que um dia fora.