mar 23, 2015 Mundo, Notícias, Saúde
Neste sábado, dia 21 de março, se encerrou a 16ª World Conference on Tobacco or Health (em tradução livre, a Conferência Mundial do Tabaco ou Saúde). Esta edição durou cinco dias e aconteceu em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Em São Paulo, segundo pesquisa do instituto Datafolha, o número de paulistanos fumantes caiu pela metade nos últimos 29 anos – mostrando uma grande adesão às campanhas contra o cigarro. Atualmente, 21% da população de São Paulo fuma. Em 2008 o número registrado foi de 24% e, em 1986, foram computados 40% de fumantes na população da capital paulista.
As principais pautas da Conferência Mundial do Tabaco giraram em torno dos produtos derivados do tabaco, e dos males que o seu consumo causam. O uso de todo o tipo de derivado é prejudicial à saúde, e, desta forma, é um sério gatilho para o surgimento das doenças não transmissíveis. São essas enfermidades; as doenças cardíacas, o câncer, as doenças pulmonares, respiratórias e diabetes.
Estes males são responsáveis pela morte de 38 milhões de pessoas todo o ano. Segundo dados da Conferência Mundial do Tabaco, 16 milhões destes 38 milhões de óbitos poderiam ser evitados a partir de medidas preventivas – como a promoção das políticas anti-tabaco, anti-álcool e a favor da prática de atividades esportivas.
Recentemente a OMS (Organização Mundial da Saúde) firmou o Convênio-quadro para o Controle do Tabaco (CMCT) com 180 países de todo o mundo. O tratado busca esse controle das medidas preventivas, no entanto, foi consenso no encontro de que ele não está sendo bem aplicado.
Na quinta-feira passada, dia 19 de março, ainda na 16ª World Conference on Tobacco or Health, foi apresentado o Atlas do Tabaco. Especialistas de todo o mundo discutiram o quão danoso para a saúde pode ser o uso do narguilé. A conclusão vista na Conferência Mundial do Tabaco foi direta: uma simples tragada de narguilé é quase igual ao volume de fumaça inalada de um cigarro inteiro.
O tradicional d’água do mundo árabe era mais usado por pessoas mais velhas, mas com o passar dos anos, o número de jovens que fumam narguilé tem aumentado cada vez mais nos Estados Unidos, na Europa e também no Brasil. Só nos últimos 5 anos, 37% dos jovens paulistanos aderiram ao narguilé.