abr 20, 2018 Brasil, Cidades, Comportamento, Mundo, Slider
Com o passar dos tempos, a civilização acabou se distanciando do pensamento coletivo ou comunitário, mas em contrapartida a busca por sustentabilidade no dia a dia é um objetivo muito mais procurado do que em outros tempos, apesar de na prática ainda estar longe do ideal, aliando a valorização destas duas premissas, começa a ficar mais popular a ideia de cohousing.
Basicamente, o cohousing pode até lembrar um condomínio ou uma vila, pois nele famílias também vivem em suas casas e compartilham áreas em comum, tais como de lazer, lavanderia e, por vezes, até cozinha.
Entretanto este estilo que surgiu na Europa, mais precisamente na Dinamarca da década de 70 visa a maior valorização dos conceitos supracitados. O convívio entre vizinhos através da prática do compartilhamento, a partilha bens matérias a exemplo de ferramentas e alimentos e também o culto a valores como amizade e solidariedade fazem parte do cohousing.
Através desta política de compartilhamento o componente econômico se torna um atrativo visto que a divisão dos custos de manutenção tanto do espaço em comum como de cada casa individualmente acabam sendo reduzidos. Cada comunidade que aplica o cohousing estabelece seus princípios, o que as torna sempre únicas.
É comum que as moradias tenham lavanderias, refeitórios e bibliotecas comunitárias e também que serviços e meios de transporte sejam compartilhados, o que, por sua vez, fomenta a economia de recursos naturais além de aproximar as pessoas. É bastante vista em países como Canadá e Estados Unidos e em alguns outros da Europa.
Tida como uma característica marcante destas cohousings, a sustentabilidade está presente também em soluções arquitetônicas, são comuns telhados verdes e sistemas de aquecimentos solar e o próprio usa da água da chuva.
No Brasil, neste ano, um grande grupo de idosos de Campinas, no interior do estado de São Paulo, resolveu tomar uma atitude após verem-se resignados a um estilo de vida que não os agradava.
Então, um grupo formado por 65 pessoas, organizado por professores aposentados da Unicamp, decidiu construir uma moradia coletiva baseado nos ideais do cohousing. Buscando envelhecer juntos e longe do sentimento de solidão.
E o grupo não é apenas de professores aposentados, também o integram funcionários da universidade, ex-alunos e amigos convidados.
Agora, até Residenciais seniores, lares para idosos de alta qualidade, estão aderindo ao cohousing. É o caso da Residencial Leger, que busca implementar um novo conceito de residencial senior no Brasil através deste modelo que valoriza o espaço individual de casa idoso sempre incentivando o convívio em comunidade.
Veja a página do Face que fala sobre essas moradias no Brasil
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