jun 25, 2015 Turismo
São Paulo tem o segundo maior número de cavernas do país. São 718 sítios espeleológicos cadastrados e outros 40 ainda não contabilizados, o que deixa o Estado atrás apenas de Minas Gerais.
O maior conjunto de cavernas de São Paulo fica no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar), sendo 441 no município de Iporanga e outras 80 em Apiaí. Quando se leva em conta a proporção entre número de sítios e área, o local tem a maior concentração de cavidades naturais do Brasil. Para ser considerado um ponto espeleológico, o local precisa ser aprovado pela Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE). No cadastro da Sociedade ficam armazenadas informações como levantamento topográfico, extensão e os tipos de rochas encontrados no local.
Segundo a SBE, 12,5% de todas as cavernas brasileiras estão em São Paulo. Entre elas, destaca-se a Casa da Pedra, no Petar, uma cavidade com 215 m de pórtico de entrada, o maior do mundo. Outro número impressionante é o do Abismo do Juvenal, com uma profundidade que chega aos 241 m de desnível. São Paulo também abriga sítios não calcários de dimensões gigantescas e proeminência mundial, como a Gruta, em Itu, que tem cerca de 1.250 m, sendo a maior caverna em granito do país e uma das maiores da Terra, sem exagero.
Muitas vezes inexploradas por estarem em locais de difícil acesso, algumas destas formações rochosas possuem até mesmo serviços de recepção e monitoria ambiental, como a Caverna de Santana, em Iporanga. Outro sítio de fácil acesso é a Caverna do Diabo de Eldorado, que em um de seus salões abriga uma catedral com estalagmites de 20 m de altura. Das 58 cavernas paulistas com importância turística, 32 já dispõem de planos de manejo espeleológico, com zoneamento, regras de visitação, uso para pesquisas e outras atividades.
Mais do que cavidades naturais, alguns locais caracterizam-se por sua importância histórica e arqueológica, pois serviram de cemitério para indígenas ou de toca para preguiças e tatus gigantes, durante o pleistoceno. Era geológica iniciada há 1 milhão e 750 mil anos atrás. Há ainda cavernas de importância religiosa como a Gruta do Itambé, em Altinópolis.
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