mar 31, 2015 Cidades, Notícias
Desde segunda-feira (23) cerca de 30 mil funcionários estão em greve de garis e coletores em São Paulo. A paralisação atinge 132 cidades do ABC e do interior, uma nova rodada de negociações está prevista para terça-feira (31/03).
Atualização: Greve foi encerrada no ABC, mas continua no interior.
Após requisitar aumento de 11,73% e receber proposta de 7,68%, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sugeriu 9,58% na tentativa de chegar a um acordo que desse fim à greve de garis e coletores em São Paulo. Contudo, obteve uma resposta negativa do Sindicato das Empresas Urbanas de São Paulo (Selur). O valor exigido pela Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo (Femaco) foi calculado com base no índice do reajuste do Piso Salarial Mínimo vigente no Estado de São Paulo acrescido de aumento real de 5% sobre os salários e pisos salariais reajustados. A Selur diz que não tem como arcar com tal índice de reajuste.
Enquanto as negociações prosseguem, a greve de garis e coletores afeta além do ABC, as cidades de Osasco, Araçatuba, Taboão da Serra, Mairiporã (na Grande São Paulo), Arujá, Itanhaém (litoral) e Piracicaba (interior). Assim como a cidade de São Paulo, a data-base de Campinas também é em setembro, o que justifica a paralisação ainda não ter atingido estes municípios ou Guarulhos, por exemplo, que deve repactuar seus contratos apenas em julho.
Outra determinação do TRT foi que mesmo com a greve de garis e coletores em São Paulo, fosse mantido 70% da coleta de lixo domiciliar e varrição de ruas. Além disso, a coleta de lixo hospitalar e o funcionamento dos aterros sanitários deveriam continuar em operação plena. A multa por descumprimento é de R$ 100 mil por dia. A Femaco alega cumprir o pedido do TRT, enquanto o Selur diz que não só a coleta foi interrompida, como o aterro de Mauá foi fechado, o que obriga São Bernardo a descarregar o lixo além do ABC.
Atualização: funcionários de limpeza urbana das sete cidades do ABC aceitaram o reajuste de 9,5% e voltaram a trabalhar. Mais de 100 municípios do interior continuam em greve de garis e coletores.