mar 30, 2015 Notícias
Foi inaugurado o primeiro Centro de Referência LGBT da cidade de São Paulo na sexta-feira (27/03). O prefeito da cidade, Fernando Haddad e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Ideli Salvatti, estiveram presentes na cerimônia que reuniu cerca de 100 representantes de entidades LGBT e agentes de Direitos Humanos.
Em região frequentada por LGBTs, o 4° andar do número 23 da Rua Arouche, no Bairro República, foi o local escolhido para abrigar o primeiro Centro de Referência LGBT da cidade de São Paulo. O local visa a promoção de ações afirmativas da cidadania LGBT, atendendo vítimas e encaminhando denúncias de violações de direitos humanos desse segmento da população. Conforme portaria assinada em janeiro, no Dia da Visibilidade Trans, o Sistema Único de Saúde pode receber em seus boletins registros de violência contra LGBTs. Esse tipo de conquista facilita o trabalho da equipe técnica de assessoria jurídica e psicossocial que atenderá no Centro os membros da comunidade LGBT em situação de vulnerabilidade social, oferecendo assistência também para seus familiares e amigos.
O Centro de Referência LGBT do Arouche substitui o Centro de Combate à Homofobia (CCH), com sede no Páteo do Colégio. O novo espaço contará com sala de reunião, salas de atendimento, auditório e realização de teste rápido de HIV. Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, o centro oferecerá teste de HIV para todos os públicos, inclusive heterossexuais. O Programa Transcidadania lançado pela prefeitura em janeiro também passará a operar no local.
Com investimento total de R$ 1 milhão, sendo R$ 200 mil do governo federal e R$ 800 mil da prefeitura de São Paulo, o Centro de Referência LGBT terá 20 profissionais. Advogados, assistentes sociais e psicólogos atenderão de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 21h. Entre os serviços prestados está, por exemplo, o de auxílio ao processo de mudança do nome civil de travestis e transexuais. Bahia, Alagoas e Pernambuco além da cidade de Campinas já possuem centros de defesa da cidadania LGBT.