mar 09, 2015 Cidades, Notícias
O Ministério da Saúde registrou até o dia 14 de fevereiro 51,8 mil suspeitas de casos de dengue em São Paulo. A contagem fez o Estado saltar do 18° lugar para o terceiro em número de casos da doença. Lideram o ranking Acre e Goiás.
Um levantamento ainda mais alarmante foi feito pela Folha, que contabilizou 44.140 casos confirmados em 50 dos 645 municípios paulistas. O número é superior ao registrado no Estado inteiro durante o primeiro bimestre nos últimos cinco anos. Desde janeiro foram 28 mortes por casos de dengue confirmadas e outras 38 em investigação. Na cidade de São Paulo 563 pessoas foram infectadas e um óbito está sendo analisado. Marília tem o pior caso do Estado com 5.811 infecções confirmadas.
Com registro de casos de dengue em 11 das 15 regiões administrativas do Estado, as cidades com menos de 40 mil habitantes são as que mais estão sofrendo. Os municípios de Florínia e Trabiju, por exemplo, apresentam média de um doente para cada 13 e 14 indivíduos. Após passar por uma crise hídrica no ano passado, a cidade de Aguaí registra 2.066 infectados, grande parte devido a estocagem de água em recipientes mal vedados. A prefeitura de Ubirajara, suspendeu as aulas da rede municipal e passou a distribuir repelentes e sementes de Crotalária.
Apesar da falta de comprovação científica, a administração investe na Crotalária, que segundo ela seria um meio para atrair certo tipo de libélula predadora do mosquito. O mesmo recurso está sendo empregado em Catanduva, cidade com seis mortes confirmadas, 22 sob investigação e 4.284 casos de dengue. Devido a gravidade da situação no município, os pacientes estão sendo atendidos não apenas em postos de saúde mas até mesmo em uma escola. Além das sementes de Crotalária, as cidades estão usando drones para detecção dos focos de dengue e divulgando alertas por carros de som, na torre da igreja e durante as missas.