fev 25, 2015 Notícias
O secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto informou que a prefeitura pretende substituir as carroças por bicicletas para catadores da capital. Além de exigir menos esforço, as bikes para coleta de lixo seco teriam tráfego livre pelas ciclovias.
Não é incomum vermos catadores de lixo reciclável utilizando as ciclofaixas de São Paulo para transitar pela cidade. Por isso, seria bastante fácil acostumar-se com as bicicletas para catadores circulando por estas vias. O secretário Jilmar Tatto afirma que a ação não chega a ser ilegal, pois não há uma regulamentação federal para o veículo. Ou seja, não há nada que diga que é permitido, mas também não há nada que impeça o tráfego de carroças pelas ciclovias. Por outro lado, destinar o trânsito dos carroceiros para junto dos veículos automotores traria mais um problema de mobilidade. Ainda segundo o secretário, os agentes de trânsito estão instruídos a não intervirem na opção pelas ciclovias para condução de carroças.
A ideia de adotar bicicletas para catadores de São Paulo vem do governo do Estado de Pernambuco, onde dezenas de municípios utilizam o Ciclolix. A bicicleta para catadores que é uma das iniciativas do Relix, o projeto bastante completo para o desenvolvimento de boas práticas do descarte de lixo, que envolve desde cartilha até aplicativo para celular, passando até por um espetáculo teatral.
Em Pernambuco, as bicicletas para catadores e todo o projeto Relix teve apoio do Sesi; em São Paulo, a escolha da instituição parceira ainda está sendo feita. No nordeste, os veículos tem capacidade para meia tonelada de lixo reciclável e um amassador de latinhas; em São Paulo uma avaliação geográfica, logística e de recursos humanos está sendo feita para adaptar o projeto. Uma das modificações será na largura das bicicletas, para que elas possam circular pelas ciclovias. Além de dar melhor condições de trabalho para os catadores, a ideia aproxima a comunidade da classe através do aplicativo para tablet e celular. Com o app será possível chamar um coletor em casa ou na empresa para fazer o transporte do lixo reciclável. Outra opção é utilizar a ferramenta digital para encontrar um ponto de coleta e levar o resíduo pessoalmente.
Devido aos grandes gastos impostos pela reposição de lixeiras depredadas, 40 mil unidades no ano passado, a Prefeitura de São Paulo começou a testar um modelo de lixeira de rua sem cesto, apenas com aro de aço e um saco reciclável furado para impedir o acúmulo de água. Para a fase de testes a secretaria municipal de serviços distribuiu 171 destas lixeiras: 100 na zona sul e leste, próximo ao Parque Ibirapuera e 71 no centro.
Assim como as bicicletas para catadores, as lixeiras contra vandalismo são mais uma ação para o descarte racional do lixo. O secretário Evaldo de Freitas Gomes informou que, caso não deem certo, o plano D – o primeiro teve lixeiras de metal revendidas por sucateiros – para evitar depredação é a adoção de lixeiras de concreto, como as da Avenida Paulista. Contudo, apesar de serem difíceis de quebrar, elas podem ser marcadas com pixações.