fev 13, 2015 Notícias
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) apurou superlotação nas escolas estaduais após o fechamento de 2.704 classes. Os casos mais graves estão localizados nos municípios de Guarulhos, Arujá e Santa Izabel, que juntos tiveram 300 classes fechadas. Na zona norte da capital algumas escolas tem turmas com quase 70 alunos.
A Secretaria Estadual de Educação, diz que a superlotação nas escolas estaduais deve-se a um período de adequação no início do ano. Como muitos alunos tendem a abandonar as aulas, o sistema permite um número de matrículas superior ao suportado, uma vez que ao longo do ano os alunos deixam de frequentar as aulas gradualmente. A pasta lembra que no ano passado haviam classes com apenas seis alunos, o que caracteriza mau uso do dinheiro público, por isso algumas delas foram fechadas. Segundo a secretaria, a média aceitável é de 30 alunos para as séries iniciais do ensino fundamental, 35 a partir do sexto ano e 40 no ensino médio. Para os casos em que houver mais alunos, o recomendado é transferir parte da classe para outro turno ou para outra escola. O controle deverá ser feito pelos supervisores da pasta, que em visita às escolas decidirão caso a caso.
O trabalho da Apeoesp também lamentou a falta de recursos básicos e a redução do número de professores coordenadores pedagógicos. Após o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), suspender os recursos que as escolas estaduais paulistas usam para comprar produtos de higiene e materiais de escritório em dezembro, a Secretaria diz que o atraso das verbas foi em virtude de complicações no fechamento das contas no fim do governo. Mas que R$ 58 milhões já foram liberados para a limpeza e manutenção. Além superlotação nas escolas estaduais, a crise hídrica também aumenta a preocupação em relação à infraestrutura oferecida para os alunos.
Fonte: G1