Divulgados no Relatório de Sustentabilidade da Sabesp de 2013 para serem instalados ao longo do ano passado, 14 dos 21 reservatórios gigantes de água ainda não foram entregues. Adquiridos principalmente para evitar a intermitência na região metropolitana, o objetivo era dispor de uma reserva de até 177 milhões de litros.
Com os reservatórios gigantes de água seria possível abastecer bairros altos ou distantes das represas, pois na capacidade total, que varia de 1,5 milhão a 20 milhões de litros, a pressão necessária para reverter as barreiras de distância e altitude seria alcançada. A boa notícia é que dos cinco reservatórios gigantes de água previstos para capital, quatro foram instalados. As outras cidades contempladas foram São Bernardo, Diadema e Itapecerica da Serra. Até março a Sabesp promete outros oito reservatórios metálicos, entre eles, um em Osasco.
Estação de Tratamento de Água (ETA) Rodolfo José da Costa e Silva, no Alto da Boa Vista em novembro, durante anúncio de ampliação do número de reservatórios. Foto: Alexandre Carvalho/A2 Fotografia
O atraso na entrega de reservatórios gigantes de água deverá ser resolvido ainda este ano, conforme anúncio feito pelo governador em novembro, que incluía ainda aumento na meta. Geraldo Alckmin (PSDB) ampliou o número de reservatórios a serem instalados para 29, o que eleva a capacidade somada para 235 milhões de litros divididos entre a capital, com nove, e outras 14 cidades: Barueri (02), Carapicuíba, Cotia, Diadema (já em operação), Embu das Artes, Embu-Guaçu, Francisco Morato (03), Franco da Rocha, Itapecerica da Serra (um, dos três, já em operação), Itapevi, Osasco, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo (um, dos dois, já em operação) e Vargem Grande Paulista.
A instalação de toda essa infraestrutura terá investimento de R$ 169 milhões e aumentaria o armazenamento de água em 10% na região metropolitana de São Paulo. O Relatório de 2013 já apresenta preocupação em relação aos níveis dos reservatórios naturais, mais um indício da necessidade de investimento. Após determinar restrição à vazão de água captada no Sistema Cantareira por quase todo ano passado, segue o alerta: “se as chuvas não retornarem a índices adequados e, consequentemente, os níveis dos reservatórios não forem reestabelecidos, poderemos ser obrigados a tomar medidas mais drásticas, como o rodízio de água”.
