jan 23, 2015 Notícias
Gabriel Chalita, secretário de Educação de São Paulo nomeado há 10 dias, pretende implementar ensino de tempo integral nos CEUs. Para tornar possível a meta de mais 150 mil vagas no ensino infantil até o fim do mandato, também estão nos planos parcerias público privadas para construção de novas creches.
Provável candidato a vice de Haddad nas próximas eleições, Chalita terá menos de dois anos para gerir a pasta. O compromisso da prefeitura é de construir 20 novos CEUs até 2016, até lá o secretário deverá trabalhar para transpor o sistema atual de educação para o ensino de tempo integral nos CEUs existentes.
Atualmente, São Paulo tem 45 CEUs, com 120 mil alunos. Ainda não foram estipuladas quantas unidades adotariam o novo modelo. Chalita foi secretário de educação do Estado entre 2003 e 2006, dentro do primeiro governo de Geraldo Alckmin (PSDB), e implantou a mesma ideia de ensino de tempo integral nas CEUs em 514 escolas, as chamadas Escolas de Tempo Integral (ETI). Mas a modificação teve resistência por falta de infraestrutura e foi abandonada gradualmente até chegar a 399 em 2011, quando Alckmin retornou ao poder.
O modelo de ensino integral criado por Chalita, que prevê aulas esportivas e culturais no contraturno, segue funcionando em 255 escolas paralelamente a um novo estilo de ETI, com orientação de estudos, preparação para o mercado e disciplinas eletivas. O novo modelo que serve três refeições diárias aos alunos e acresce gratificação de 75% sobre o salário dos professores é operado em 182 unidades.
Para a educação infantil, a prefeitura fixou parceria com o Carrefour que irá construir cinco creches para até 500 crianças em seus estacionamentos e depois doará a estrutura para a Secretaria de Educação. Tudo seria feito no formato de parceria social, sem contrapartidas. Chalita pretende buscar apoio de outras entidades como Pão de Açúcar, Fiesp e Sesc para cumprir a meta de criar 150 mil novas vagas em 243 novas creches. Até agora nove estão em construção e 49 em licitação. Em novembro, a busca por vagas foi a maior da história, incluindo as 41 mil criadas.
Imagem de Capa: Leonardo Soares/AE