out 31, 2014 Entretenimento, Shows
São 15 anos de banda, sete discos lançados e uma trajetória marcada por hits de letras fortes e diretas. Após o lançamento do último álbum, a Cachorro Grande iniciou a turnê do Costa do Marfim no último dia 17 de outubro.
Gravado em fevereiro desse ano, o trabalho conta com onze faixas e, diferentemente dos discos anteriores, apresenta canções mais extensas, como em “Nós vamos fazer você se ligar”, com mais de dez minutos. “As músicas foram criadas dentro do estúdio e em momento algum pensamos em tamanho para elas”, explica Rodolfo Krieger, baixista da banda. Segundo ele, as canções se construíram livres e ficaram do tamanho que deveriam ter.
Costa do Marfim também traz algo especial, lisérgico, trazido da textura de elementos da música eletrônica. Segundo Krieger, não é de hoje a vontade de inseri-los nas suas produções. “Desta vez, nos passamos um pouco e eu estou achando tudo isso sensacional”, revelando que grupos como Prodigy e Chemical Brothers foram suas principais referências. E não para por aí: “Provavelmente, o próximo disco vai ser muito mais doido”, diverte-se.
Nascida em Porto Alegre, a Cachorro Grande gravou o seu primeiro álbum de maneira independente, em 2001. Com o processo inverso ao que a banda costumava realizar, a gravação e mixagem do Costa do Marfim duraram apenas 30 dias, ou seja, mesmo sendo “o disco mais louco e cheio de elementos”, foi finalizado em menos tempo que os outros.
Não somente no tempo de criação o novo álbum se difere dos trabalhos anteriores da banda, agora, o quinteto contou com o trabalho do produtor Edu K (De Falla) que contribuiu para atribuir o sotaque eletrônico às canções. A parceria teria acontecido porque todos estavam “na mesma sintonia”. “Estamos com planos de lançar mais dois discos com ele, sendo um deles uma ópera-rock”, revela Krieger.
Questionado sobre os motivos para uma mudança tão evidente o baixista argumenta: “Imagina se os Beatles ficassem compondo músicas iguais a I Wanna Hold Your Hand a vida inteira? Nunca teríamos o Peppers (fazendo referência à fase psicodélica dos Fab Four). A intenção é, portanto, continuar mudando disco a disco. “Não gostamos dessas bandas que descobrem uma fórmula e ficam se repetindo. É medíocre!”, desabafa.
As apresentações serão divididas em dois momentos. No primeiro, apenas músicas do Costa do Marfim, reproduzidas na mesma ordem do disco. No segundo, a banda pretende fazer um apanhado de todos os seus hits.
Surgido de uma situação bizarra, o nome do álbum gera curiosidade. Reza a lenda que ideia teria aparecido sem querer por meio do produtor Edu K. que quando dormia, em pleno estúdio, tinha pesadelos e acordava gritando: “Costa do Marfim! Costa do Marfim!”.
Além das mudanças na gravação e produção do disco, bem como do estilo das músicas em si, o grupo gaúcho transformou, também, a forma de se comunicar com o público: “Sentimos que precisávamos nos atualizar em alguns aspectos, inclusive na maneira de divulgar o nosso trabalho”, comenta. Agora, a banda conta com a assessoria da Press Pass, agência de comunicação e marketing que, segundo o baixista “fala a mesma linguagem que a Cachorro Grande!”.
A banda é composta por Beto Bruno (vocal), Marcelo Gross (guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), Pedro Pelotas (teclado) e Gabriel Azambuja (bateria).
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Reportagem e redação: Laísa Mendes da Silva
Edição: Beto Stone Poitevin e Laísa Mendes da Silva
Produção: Cooler Conteúdo Comunicação Digital – www.coolerconteudo.com.br