ago 04, 2014 Notícias, Turismo
O Templo de Salomão erguido pela Igreja Universal do Reino de Deus na Avenida Celso Garcia no Brás é o maior espaço religioso do país. Quatro vezes maior que o santuário Nacional de Aparecida, o Templo é a versão brasileira do principal centro de culto do povo de Israel durante o século XI a.C. no reinado de Salomão.
A obra faraônica do autointitulado bispo Edir Macedo, tem valor estimado de R$ 685 milhões e espaço para acomodar 10.000 pessoas. Mil vezes mais fiéis do que a primeira sede da Universal no início dos anos 80. O Templo de Salomão é grandioso não só no tamanho, mas nos detalhes de sua construção. Acomodados em cadeiras trazidas da Espanha, os visitantes terão sua bíblia iluminada por 10.000 lâmpadas de LED, uma para cada fiel, instaladas no teto a 18 metros de altura. As paredes são decoradas com menorás gigantes, candelabro judaico de sete braços presente no Templo de Salomão original.
O altar da nova sede da Universal tem o formato da Arca da Aliança, uma caixa criada por Moisés que guardava as tábuas dos 10 Mandamentos e que ficou abrigada no Templo de Salomão nos início dos anos 1000. Revestido de ouro, o altar tem 100 m² de vitrais dourados no topo e a reprodução dos dois querubins representados na tampa da Arca, o que da plateia dá a sensação de estar olhando para a própria Arca. Tudo pode ser acompanhado por telões laterais demais de 20m trazidos da Bélgica, inclusive as cerimônias de batismo realizadas atrás do altar em uma piscina que servirá como batistério. Na frente, uma esteira recolhe o dízimo dos fiéis e conduz as doações direto para sala-cofre.
Para estacionar os frequentadores podem utilizar um edifício-garagem localizado na parte de trás do Templo de Salomão ou um dos dois andares de subsolo, que juntos abrigam 1.800 carros, 241 motos e 50 ônibus. Edir Macedo tem acesso exclusivo direto ao altar a partir do estacionamento, bem como os batizados à piscina.
Ao todo mais de 40.000 metros quadrados da mesma pedra do Muro das Lamentações foram importadas de Hebron, capital do Reino de Salomão, para revestir a obra. O material utilizado no Templo de Salomão teve um acabamento mais lapidado e menos poroso. As colunas que sustentam a construção funcionam como reservatório, abrigando a água da chuva para reutilização. O edifício tem 11 andares e abriga sete estúdios de rádio e de TV, além de cinquenta apartamentos para moradia dos bispos. O próprio Edir Macedo mudou-se para a cobertura do Templo de Salomão com a sua família.
Para tornar efetivamente a construção em um ponto turístico foi criado um museu do Velho Testamento, batizado de Memorial, que inclui um cemitério. Cercado por um jardim de oliveiras importadas de Israel, o local terá um telão, auditório e doze colunas para explicar a origem das doze tribos da terra santa. O Templo de Salomão, que já contou com cerca de 1.800 operários, teve mais de 2.000 plantas entre o projeto e a construção, entre 2010 e 2014.
No processo de desapropriação da área, a Universal comprou cerca de quarenta imóveis e terrenos com preços que inflacionaram de R$ 90 mil até cerca de R$ 2 milhões. O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus critica a obra por evocar um preceito não praticado pelos evangélicos, a “adoração” a algo ou alguma coisa. Evento que poderia tornar o Templo de Salomão alvo de peregrinação, devido a magnitude da construção.
Av. Celso Garcia, 605 – Brás
Telefone: (11) 3321-5297
Site oficial do Templo de Salomão
Fonte: Veja São Paulo