Não é de hoje que assistimos ao desperdício de dinheiro público no Brasil. Pois, o parque multimídia do Palácio Anchieta deve ganhar um reforço nesta semana com a chegada de 22 aparelhos de 55 e 70 polegadas e tecnologia LED, a um custo total de cerca de 50.000 reais. Às vésperas da Copa do Mundo, muitos funcionários do local já comemoram a chance de ver os nossos jogadores em alta definição.
Com as novas aquisições, o prédio terá um total de 300 equipamentos do tipo, o que dá uma média de cinco por parlamentar. Por outro lado, o Congresso Nacional possui 827 televisores para 594 políticos (pouco mais de um per capita).
O atual presidente, o vereador José Américo (PT), não quis dar entrevista sobre o assunto. Por meio de nota, negou que os aparelhos tenham sido adquiridos para o Mundial. Segundo o comunicado, o novo lote teria sido comprado para substituir modelos antigos e melhorar a visualização das sessões no plenário. Enquanto isso, o vereador José Police Neto (PSD), que comandou a Casa entre 2011 e 2012, estranha o desperdício de dinheiro público afirmando ter trocado todos os monitores por modelos “modernos e finos”.
Para 2014, o orçamento da Câmara Municipal de São Paulo está previsto em 538 milhões de reais, mais que o de uma cidade como Presidente Prudente, de 220.000 habitantes. São 10 milhões para cada vereador, enquanto no Rio, a média é de 8 milhões de reais.
Novas câmeras de circuito interno, que gravam alguns dos vídeos divulgados na internet, foram adquiridas por R$ 1.2 milhão, após reclamações sobre a qualidade da imagem e enquadramentos que não favoreciam os políticos. Tornando o desperdício de dinheiro público evidente.
Até o leite oferecido na Câmara é mais caro do que o habitual. Cada um dos 21.800 litros anuais do produto integral e desnatado consumido na Casa, sai por 3,57 reais. Conforme pesquisa, na época da assinatura do contrato o preço cobrado pelo comércio varejista da cidade era de R$ 1,79 o litro.
Fora tudo isso, entre as despesas fixas de cada vereador estão R$ 135.000 mensais para pagar dezoito assessores e gastos do gabinete.
As informações são da Veja São Paulo.