fev 07, 2014 Cinema, Entretenimento, Programação Infantil
O longa “Uma Aventura Lego“, em cartaz nos cinemas de todo o país, não é apenas uma história para as crianças. O filme faz uma paródia do mundo dos brinquedos e uma crítica aos valores deturpados da sociedade de consumo.
Emmet, é um um peão de obra comum, ingênuo e feliz na sua ignorância. Ele é o protagonista da animação “Uma Aventura Lego”, de Phil Lord e Christopher Miller (a mesma dupla de “Tá Chovendo Hambúrguer”), e é também a última esperança para sua raça. Emmet e seus semelhantes vivem subjugados por um ditador, que agora com uma arma poderosa, pretende acabar com os movimentos de quem o desafiar.
Um grupo de dissidentes que inclui Batman, Super-Homem, Mulher Maravilha, Gandalf, Dumbledore e até Shakeaspeare, vê em Emmet o poder para derrotar o ditador Sr. Negócios. O pequeno operário é confundido com o Master Builder, o grande criador deste mundo de brinquedo, por ter encontrado a famosa Peça de Resistência. O único artifício contra uma poderosa máquina criada pelo vilão do filme, que teria o poder de colar todas as peças.
Devido aos poucos movimentos das famosas pecinhas de montar, o desafio foi dar ação ao filme. Mas o roteiro assinado pelos diretores e Kevin Hageman (“Hotel Transilvânia”), consegue vencer este obstáculo. Com cores vibrantes, personagens carismáticos e o ritmo frenético, tornam o filme muito especial. Ver de pequenos bonequinhos coloridoslutando por uma causa e agindo como humanos faz de “Uma Aventura Lego, um filme cativante.
O 3D também ajuda a conferir dimensão e textura aos personagens e cenários. A beleza de ter em cena figuras tão peculiares com um modo de vida tão particular, une-se a graça de ver as personalidades inusitadas de um Batman egocêntrico e um Lanterna Verde que quer ser o melhor amigo do Super-Homem a todo custo.
Emmet gosta de ser considerado um Lego especial, e faz de tudo para merecer a confiança de seus amigos. “Uma Aventura Lego” realiza, em sua essência, uma exaltação dos laços de afeto em detrimento dos valores deturpados da sociedade de consumo. Mas, paradoxalmente, não deixa de ser uma propaganda de 100 minutos da Lego.