jan 21, 2014 Entretenimento, Espetáculos
Quando estreou na Broadway em 1971, o musical Jesus Cristo Superstar revoltou os cristãos mais conservadores, e foi considerado um espetáculo blasfemo. No ano seguinte, a peça foi montada no Brasil com Eduardo Conde no papel principal. Em 1973, Norman Jewison dirigiu uma versão do musical para o cinema, com Ted Neeley como Jesus Cristo. Em 2012 a Broadway fez um revival da peça, e é esta a montagem que chega ao Brasil no dia 12 de março no teatro do Complexo Ohtake Cultural. A direção é de Jorge Takla, nome importante em musicais no Brasil.
Com alma rock n’ roll, que inclui luta pela liberdade e ousadia, a polêmica começa já na escolha do narrador da história: Judas Iscariotes. Sob a visão do narrador, Jesus não é uma divindade, é apenas um homem famoso, rodeado de fãs e alvo da paixão de Maria Madalena. O musical faz uma releitura da última semana de vida de Jesus Cristo e recebeu uma roupagem contemporânea, com texto recheado de gírias e elementos que remetem aos tempos atuais.
Jesus Cristo Superstar foi criado por Andrew Lloyd Webber, compositor britânico ganhador de três Grammys, um Oscar e um Globo de Ouro, com letra de Tim Rice. O musical tornou-se clássico por popularizar o rock em musicais juntamente com Hair, de 1968.
Como se tornou hábito nas produções brasileiras, a seleção do elenco foi disputada. Os sete papéis principais tiveram os votos decisivos do autores Webber e Rice.
No total são 29 atores, com Jesus sendo interpretado por Igor Rickli, o vilão Alberto de “Flor do Caribe”, que participou de Hair, versão de Charles Möeller e Claudio Botelho, e também de Judy Garland – O Fim do Arco-Íris. Judas será vivido por Alírio Netto, que viverá agora uma curiosa experiência: em 2001, ele participou de uma versão mexicana do musical, mas no papel de Jesus. E Maria Madalena vai marcar a estreia no gênero da cantora Negra Li, que apesar da voz de contralto, terá de cantar como mezzo-soprano. Completam o elenco principal Fred Silveira (como Pilatos) e Wellington Nogueira (Herodes).
“Vejo a figura de Jesus como um revolucionário”, comenta Rickli. “Ele se via mais como homem que como deus, o que o torna mais próximo de todos nós. E, por ser carismático, ainda hoje convence multidões com sua mensagem de amor.”
Ao contrário de outros musicais dos quais participou, Jesus Cristo Superstar é, para Rickli, “rock na veia”. “Meu desafio vai ser o de cantar com muitos agudos e em um ritmo que normalmente não se vê em espetáculos assim.”
Quinta e sexta, 21h; sábado, 17h e 21h; domingo, 18h.
Bilheteria: segunda à quarta, 12h às 20h; quinta à domingo, 12h até o início do espetáculo.
Venda também pela Tickets for Fun (tel. 4003-5588).
Plateia premium (quinta e sexta): R$ 220,00
Plateia premium (sábado e domingo): R$ 230,00
Plateia inferior (quinta e sexta): R$ 180,00
Plateia inferior (sábado e domingo): R$ 190,00
Plateia superior A (quinta e sexta): R$ 100,00
Plateia superior A (sábado e domingo): R$ 110,00
Plateia superior B : R$ 50,00
Endereço:
Instituto Tomie Ohtake