fev 05, 2019 Entretenimento, Exposição, Museus, Slider
A Caixa cultural São Paulo apresenta de 12 de janeiro a 31 de março
de 2019, a exposição “Rugendas, um cronista viajante”, que exibe obras do pintor, desenhista, ilustrador, aquarelista e litógrafo alemão Johann Moritz Rugendas, que retratam o Brasil no século XIX.
A curadoria é de Angela Ancora da Luz e o projeto tem patrocínio integral da Caixa e Governo Federal.
Rugendas foi um dos mais conhecidos artistas viajantes e, ao lado do francês Jean Baptiste Debret, foi responsável pela divulgação das primeiras imagens do Brasil no exterior.
Em sua trajetória, retratou o País durante os anos 1820 com toda a exuberância da natureza e os costumes da população. Era como se fosse, dois séculos atrás, um fotógrafo antes da invenção da fotografia.
A exposição “Rugendas, um cronista viajante” apresenta um panorama de sua obra, destacando três núcleos: “Olhar a terra”, com paisagens do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso e Minas Gerais, “Olhar o homem”, na qual apresenta cenas da vida cotidiana da população brasileira, tipos e etnias; e “Plantas da terra”, que traz estudos da fauna e flora brasileira.
Para a mostra, foram selecionados trabalhos que contribuem significativamente para o registro do cotidiano e da paisagem brasileira, sendo que suas obras apresentam a visão do europeu sobre o Brasil: uma narrativa que leva em conta os aspectos do habitat natural até os costumes no Século XIX.
As obras reunidas são parte integrante do conhecido álbum “Viagem pitoresca através do Brasil”, considerado um dos mais importantes documentos iconográficos sobre o Brasil do século XIX.
Segundo a curadora Angela Ancora da Luz, a importância de se revisitar
as obras de Rugendas se dá pela oportunidade de um encontro com o
documentarista, que é um dos principais ilustradores do Novo Mundo no
século XIX.
Ele que, possivelmente foi impactado pela natureza exuberante e pela luminosidade de lenta acomodação aos olhos de um europeu, quando participou da Expedição Langsdorff, retorna a partir de suas obras.
A exposição objetiva apresentá-las com o olhar de hoje, comprovando que a arte se recria a cada novo olhar, e que, nesta dinâmica, ela terá sempre propostas e observações atuais a nos acrescentar, como as que são apresentadas.